A expressão ‘sashimi’ tem o sentido de ‘corpo furado’; seu significado procede do hábito gastronômico de fixar o rabo e a barbatana do animal marinho aos pedaços cortados, com o objetivo de realizar sua identificação. Outros estudiosos afirmam que este termo pode estar associado à técnica convencional de pesca dos japoneses.
Normalmente o peixe utilizado neste prato é capturado sozinho; logo depois seu cérebro é furado com um instrumento de ferro bem afiado, e assim é morto na mesma hora; em seguida é armazenado entre pedras de gelo. Este procedimento leva em conta que desta forma o animal apresenta menos ácido lático, ao contrário do que morre lentamente, e é preservado por um tempo maior.
No Brasil este vocábulo engloba qualquer refeição crua. Alguns sashimi são vegetarianos, compostos por produtos naturais; outros são preparados com carne vermelha não cozida, como a do boi ou do cavalo. Às vezes ele é servido com pasta de wasabi mesclada no molho shoyu, o que não se concebe, por exemplo, no consumo do sushi.
Os que zelam pela tradição, porém, são contra esta mistura, pois isto atenua o sabor picante do wasabi, fundamental no sashimi não só por seu paladar, mas também porque elimina bactérias e qualquer parasita que a refeição crua possa conter. Quanto ao atum, nem sempre foi o predileto dos japoneses, pois sua carne, muito delicada, ficava escura muito rápido ao ser congelada, o que causava uma certa repulsa ao olhar.
Só depois do aprimoramento das técnicas de congelamento é que este peixe pode preservar seu tom avermelhado mesmo após permanecer no gelo. Ainda assim o atum ainda não era consumido pela elite japonesa até o fim da Era Edo, que se prolongou de 1600 a 1867, nem em festas.
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