terça-feira, 20 de agosto de 2013

Por dentro da etiqueta japonesa

Atrapalhado com os pauzinhos? Veja algumas dicas para não passar apuros num encontro com nipônicos

Texto Patricia Oyama
 Foto Rogério Voltan
Foto Rogério Voltan
culinária japonesa está cada vez mais incorporada à cultura brasileira. Já a etiqueta daquele país continua a ser um mistério para muita gente. Se é este o seu caso, não precisa se acanhar: muitos descendentes – e mesmo japoneses legítimos – desconhecem várias regras de encontros sociais. “A geração do pós-guerra estava mais preocupada em conseguir comer para sobreviver, por isso não repassou a etiqueta para os filhos e netos”, diz Lumi Toyoda, consultora e professora de etiqueta japonesa. Mas pode apostar que todo mundo nota uma boa educação, aqui ou do outro lado do mundo. Para fazer bonito, siga as dicas de Lumi:

1. Ao visitar alguém, é de bom-tom levar um presente (omiyague). Não precisa ser nada de valor. “Vale mais um bolo que você fez do que um comprado, todo decorado”, diz Lumi.
2. O oshibori, aquela toalhinha aquecida oferecida antes da refeição, deve ser usada apenas para limpar as mãos.
3. Os hashis devem ficar paralelos à borda da mesa, nunca perpendiculares ao seu corpo.
4. Normalmente, nas casas japonesas e restaurantes, há um apoio para os hashis. Se não houver, você pode improvisar um, dobrando o envelope dos pauzinhos em forma de nó.
5. Caso você não consiga manusear o hashi, não precisa ter vergonha de pedir um garfo. “Ninguém é obrigado a seguir regras culturais desconhecidas”, pondera Lumi.
6. Nunca espete o hashi na comida. Isso remete aos rituais religiosos em que uma tigela de arroz com um par de hashis espetado é oferecida aos mortos.
7. Se achar que vai derrubar um alimento no meio do caminho entre a mesa e sua boca, levante a tigela ou o pratinho que estiver usando e aproxime-o do seu corpo.
8. No Japão, é costume fazer barulho ao sugar sopas. Se não quiser seguir o hábito, não tem problema. Mas assegure ao anfitrião de que você está gostando da comida.
9. Em relação à bebida, não é polido servir a si mesmo. Sirva os outros e espere que os outros lhe sirvam. 

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