quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Culinária tailandesa em duas palavras: cachorro-quente.





Absolutamente tudo que eu já experimentei da culinária tailandesa no Brasil me faz salivar só de lembrar: o arroz doce com cardamomo, o pad thai (um macarrão com massa de arroz preparado com tamarindo, molho de peixe, legumes etc), frango com curry e leite de coco… Delícias. Mas eu praticamente só tenho uma lembrança da cozinha tailandesa in loco: cachorro-quente do 7-eleven. Isso mesmo, leitor,…este é um post desabafo.
Claro que eu experimentei outras coisas nesse país, mas a iguaria feita com salsicha foi, sem dúvida, o prato campeão em consumo. Como se não bastasse a decepção com várias das paisagens naturais e as festas, ainda enfrentamos o grave problema do combo chuva+ falta de dinheiro, que contribuiu para uma experiência gastronômica azeda.

Pad Thai, culinária tailandesa
 
 
 
Pad Thai: meio exótico, meio saboroso, meio caro, meio raro na minha dieta
Começo falando da falta de dinheiro. A Tailândia é um dos destinos turísticos mais procurados no mundo e, claro, falou em gringo, falou em preço alto, pelo menos para padrões de sudeste asiático. Só que, ao contrário dos europeus, eu não cheguei lá cheia de dólares (ou baths) para gastar. E aí ficou difícil. Sim, há comida barata, mas ela normalmente se restringe a arroz – o principal item da dieta local – geralmente acompanhado com frango ou legumes, tudo bem condimentado. Muitas vezes, a variedade do arroz é o jasmim, mais adocicado e que, após ser consumido por longos períodos, se tornou enjoativo ao meu paladar. Vale lembrar que eu já estava à base dessa dieta de fried rice há um mês (Índia, Nepal e muitos outros países da Ásia tratam a receita como o nosso arroz com feijão).
Não, o cachorro-quente não surgiu só porque eu estava cansada do arroz. Ele surgiu, ainda, porque entrou em cena o segundo elemento definidor: a chuva. Choveu tanto quando estávamos em Phuket, mas tanto, que não era possível sequer atravessar a rua sem tomar um banho de lama até os joelhos! E aí o jeito foi recorrer ao único mercado que estava no mesmo quarteirão que o hotel: o 7-eleven, loja no melhor estilo tem de tudo.
No Brasil a empresa ainda não chegou, mas ela reina praticamente em todos os outros lugares do mundo. Segundo a Wikipédia, desde 2007, é a maior cadeia de lojas em todas as categorias, com unidades em 18 países. Os maiores mercados estão no Japão, nos Estados Unidos, na China, e… na Tailândia . Existem 4.055 lojas nesse país, sendo mais de 1.500 em Bangkok, a capital. Isso significa, na prática, uma coisa: há uma loja em cada esquina ou até mesmo duas em cada quarteirão.

Foram muitos hot dogs nada apetitosos: com salsicha recheada com queijo, salsicha enrolada no bacon, com mostarda, alface, cebola ou tomate (e só isso, porque lá não é Brasil, onde tem até purê de batata na barraquinha da feira). Para complementar, às vezes rolava uma batatinha frita (industrializada) ou um pão de chocolate (industrializado). Ah, havia o sensacional pão recheado com feijão, bem como o sorvete feito com o mesmo grão. Todos esses pareciam ótimas alternativas. Só que não.
Então, se você vai mesmo incluir a Tailândia no seu roteiro turístico de mochileiro, minha dica é: reserve um pouco mais de grana e vá em um período bem longe das monções, quando dá para experimentar a verdadeira comida de rua, com a qual eu só tive contato umas poucas vezes e que, ainda assim, é motivo para outra postagem (…continua).


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